A Baixa Pombalina marca o renascimento de Lisboa para a modernidade, sendo sinónimo de grandiosa, sumptuosa, majestosa e respeitável. Assim foi no séc. XVIII, após a destruição completa do terramoto, assim vai ser agora. Um bairro reconstruído em linhas retas e praças monumentais, que abraça o rio pelo majestoso Terreiro do Paço e o Cais das Colunas. É nesta zona onde chegam centenas de turistas todos os dias, à procura da melhor história da cidade que a baixa tem para oferecer: o Elevador de Santa Justa, que nos transporta até ao vizinho Chiado, a Praça do Rossio, a Rua Augusta e o seu Arco, e toda a arquitetura imponente e retilínea. Aqui, no coração de Lisboa, transeuntes excêntricos convivem com os mais convencionais e lojas centenárias são vizinhas das grandes cadeias modernas. A vida corre ora em movimentos mais frenéticos, ora serenos. Numa vida diurna, começam a surgir novas lojas que atraem um público cosmopolita. É aqui que está agora o primeiro Museu do Design e Moda de Lisboa, é aqui que acontece a ModaLisboa, e é aqui que foi lançada a StartUp Lisboa, uma incubadora de negócios.

O Castelo é uma das zonas mais nobres e com mais tradição em Lisboa, sendo que assinala o nascimento de Lisboa. Anos de história e uma vista magnífica sobre a cidade e sobre o rio, tornam esta colina tão especial. Este é um sentimento partilhado tanto por alfacinhas como por todos os visitantes. Ainda com uma enorme influência histórica, o bairro está a mudar. Já vemos novos moradores que trazem animação às ruas, desde jovens adultos, a estudantes estrangeiros. Este repovoamento acontece em boa parte por um reaproveitamento e uma restruturação dos espaços: apenas os carros dos moradores podem entrar em determinadas zonas; o Chão do Loureiro tem finalmente um supermercado, um parque coberto, um elevador que liga a Rua da Madalena à Costa do Castelo, e um novo restaurante no topo; e a abertura de espaços como o Pois café ou o Wine Bar do Castelo.

Alfama é o berço do Fado, local castiço e ainda cheio de tradição. Aqui mistura-se a vida dos bairristas com alguns novos jovens moradores, que se integram perfeitamente nesta vida de bairro. Em qualquer porta se escuta o Fado, e foi no centro deste bairro que o Fado foi recentemente eleito como Património Imaterial da Humanidade. Aqui a vida corre a um ritmo calmo, num sobe e desce, por entre becos e ruelas. De notar o crescente aparecimento de uma vida de lazer noturna, com um público ou tradicional ou mais irreverente, que procura a alma de cidade. Já todos os anos, por altura dos Santos Populares, as novas gerações fazem renascer esta zona da cidade. Alfama enche-se de cor e animação para receber os milhares de lisboetas que procuram sardinhas assadas, bailaricos, manjeri- cos e versos populares. Com certeza haverá um movimento de reocupação de casas pelas novas gerações, ao mesmo tempo que surgirá uma enorme oferta da bares e restaurantes.